Adultos também devem cumprir calendário vacinal para prevenir doenças

A pandemia – somada ao acesso fácil a informações – aumentou exponencialmente o interesse sobre o ato de vacinar-se. “Porém, ainda assim muita gente associa vacinas apenas com as crianças e não sabe, por exemplo, que existe um calendário vacinal que precisa ser cumprido pelos adultos. Como a oferta de vacinas é grande, muitas podem passar batido ou ainda falta clareza sobre qual doença protegem”, lembra o médico infectologista Jaime Rocha, diretor de Prevenção e Promoção à Saúde da Unimed Curitiba e responsável pela Unimed Laboratório.

Comportamento de proteção na fase adulta

Segundo uma pesquisa do instituto Ipsos MORI, com 8,5 mil pessoas de seis países, encomendada por uma companhia farmacêutica em 2017, 69% dos adultos brasileiros entrevistados não estavam com a vacinação em dia. Desses, 15% afirmaram que as vacinas são recomendadas apenas para bebês ou crianças, enquanto 21% consideram a vacinação na vida adulta apenas para viajar. Outros cuidados e acompanhamentos rotineiros da saúde, como exames, consultas e tratamentos são desculpas usuais para a vacinação ficar esquecida, e a verdade é que é difícil encontrar um adulto que mantém em dia a carteira vacinal. Para o infectologista, a revisão vacinal de cada um é sinal de respeito com a própria saúde e exercício do senso coletivo.

“Muita gente acha que as vacinas são para crianças e descuidam da própria imunização. Só que isso leva a negligenciar a própria saúde e, por consequência, a da sociedade, já que não estar vacinado pode tornar você um potencial transmissor de doenças, especialmente para crianças e idosos, que são grupos mais vulneráveis”. Por exemplo, a vacina contra o sarampo. O especialista responsável pela Unimed Laboratório esclarece que “somente pode ser considerado imune contra o sarampo quem já tomou duas doses da vacina com mais de um ano de idade, ou quem teve a doença de forma confirmada”.

Vacinas para adultos na Unimed Laboratório

A boa notícia é que todas as vacinas indicadas para os adultos estão no Plano Nacional de Imunização e são fáceis de achar. Mauro Scharf, diretor médico da Unimed Laboratório, indica o aproveitamento delas para garantir a própria segurança: “Disponibilizamos todas as indicações para a imunização dos adultos. E elas podem ser tomadas em qualquer horário”.

“Uma imunização mais completa envolve até dez vacinas. Mas cinco delas são primordiais: (1) as três doses para prevenir hepatite B, (2) a dose única contra febre amarela, (3) a vacina tríplice viral em duas doses contra sarampo, caxumba e rubéola, (4) a pneumocócica que tem uma dose só e previne a pneumonia e, por fim, (5) a vacina dupla adulto contra tétano e difteria que deve ser reforçada a cada dez anos. Outras que recomendo são as proteções contra gripe, HPV, dengue (que só pode ser aplicada em pacientes que já foram infectados pelo vírus no passado) e meningite (meningocócica). Ainda acompanhamos o caso da COVID-19, pois não se sabe como será o calendário vacinal no futuro”, lista Rocha.

Benefícios para todos

Quebrar o esquecimento para manter em dia a carteira de imunizações, segundo Jaime Rocha, também ajuda a evitar surtos ou retomadas de surtos (como o caso atual do sarampo). Além disso, é mais uma medida de prevenção nesses tempos, porque pode evitar hospitalizações desnecessárias. Ele indica tomar as vacinas disponíveis nas redes públicas e privadas, especialmente aquelas para doenças que podem ter evolução mais grave, por exemplo, hepatite e meningite.

Reforço das vacinas da infância

Um fator importante no cenário brasileiro é que a distribuição e alcance dos imunizantes é maior agora. Isso significa que várias pessoas podem não ter sido vacinadas de forma ideal quando pequenas devido a dificuldades de acesso. Por isso, Rocha destaca que as pessoas que não tomaram as vacinas que constam no calendário infantil devem recebê-las na vida adulta. Para saber quais vacinas priorizar na sua carteira de vacinação, o infectologista indica voltar lá na infância e resgatar seu histórico. Pode ser pelas carteirinhas de criança, pelas lembranças das mães e avós, ou mesmo com apoio de uma unidade de saúde da sua cidade que, às vezes, consegue fazer tal levantamento. Essa busca é importante, segundo ele, porque é um acompanhamento de quais imunizações o corpo recebeu. Apenas para as pessoas com baixa imunidade ele alerta ter cuidado porque, para elas, não é recomendável tomar vacinas sem necessidade. “Mas nos demais casos, tendo dúvidas, não há problema nenhum vacinar novamente. O importante é não descuidar”.

Curiosidade

Uma das vacinas disponíveis para adultos na Unimed Laboratório é a dTpa Tríplice Bacteriana acelular tipo adulto que protege contra difteria, tétano e coqueluche. Essa vacina é especialmente indicada para profissionais que atuam nas áreas da saúde, alimentos e bebidas, estética (manicures e podólogos), militares, policiais, bombeiros e profissionais da aviação e profissionais que trabalham com animais e crianças.

 

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